Qualquer mudança que quieramos fazer na vida implica que saiamos da nossa zona de conforto, provavelmente de mudarmos de hábitos e de nos confrontarmos com os nossos medos.

Chamamos a zona de conforto a todas aquelas circunstâncias às quais nos adaptamos passivamente e que em certo grau irá exigir um esforço adicional da nossa parte se as quisermos alterar.

Mudar de emprego de que não gostamos ou onde nos sentimos aborrecidos e não realizados, mudar de vida para seguir aquele sonho ou paixão que sempre almejamos, tirar tempo para resolver as questões matrimoniais ou de família, começar a cuidar de nós e da nossa autoestima, reconciliar-se com o/a melhor amigo/a, passar mais tempo com os filhos, ou talvez perdoar e curar as antigas feridas,…São alguns exemplos de situações em que porventura pensamos nas mudanças a fazer  mas muitas vezes acabamos por adiá-las, com receio de avançar, e preferimos ficar na falsa paz da zona de conforto. É falsa, porque a vida é dinâmica e talvez mais cedo ou mais tarde tenhamos que fazer as mudanças necessárias se desejamos sentir-nos felizes connosco mesmos e com os outros.

Ao sair dessa zona de conforto, a suposta paz desaparece podendo dar lugar a insegurança, incerteza e angústia. No entanto, são muitas vezes sentimentos temporários de quem arrisca com vontade de seguir o caminho no resgate da sua felicidade. Por isso, um certo grau de tensão e medo do desconhecido (como será a minha vida se optar por fazer y, em vez de x ou z?) são normais, e até necessários para impulsionar a mudança.

Queremos permanecer na zona do conforto, naquilo que nos é mais familiar e que conhecemos porque nos dá a sensação de segurança. Na circunstância onde cada um se acomodou a estar, é provável que se crie a sensação de não haver tantas incertezas do que se arriscasse a algo novo e diferente.

No entanto, assim como a paz da zona de conforto é falsa, também a sensação de certeza o é. Isto porque ningém sabe o que vai acontecer no futuro! E o futuro pode ser daqui a 2 minutos, 15, amanhã ou depois de amanhã. Ou seja, a incerteza estará sempre presente, na situação atual em que nos encontramos ou na situação em que arriscamos a fazer diferente, dando nos a oportunidade de sermos (mais) felizes.

“Quem me vai querer com esta idade?”, “Já não tenho idade para estudar”, “Já estou habituado/a a viver assim”, “O que será de mim se sair deste emprego?”, “A minha família/companheiroa/a não vai entender”, são alguns dos pensamentos e crenças que podem limitar o nosso desejo de mudança.

Por isso, ao protelarmos as decisões, aguentarmos, ou aguardamos por um “milagre” acabaremos por nos habituar ao sofrimento, como muitas vezes acabamos por fazer, sem arriscarmos a sair da nossa zona de conforto.

E como tememos o desconhecido, é provável que continuemos a não nos sentirmos felizes com as circunstâncias em que  nos encontramos. Ora, é um cíclo no qual facilmente podemos ficar aprisionados durante anos, com dor, insatisfação e sofrimento.

Acredito que será mais difícil seguirmos os nossos sonhos e querermos construir uma vida diferente se lhe resistirmos, se tivermos receio dela, se pensarmos que não merecemos ser felizes. Todos merecemos!

Conhecermo-nos a nós mesmos, percebermos porquê não nos sentimos bem nesta ou naquela circunstância, darmo-nos conta da nossa insegurança e baixa autoestima, das crenças que nos possam limitar serão frequentemente passos necessários para empreendermos as mudanças que almejamos. Nesse sentido o desenvolvimento pessoal é uma ferramenta útil que pode ajudar no nosso crescimento pessoal e a conhecermos o nosso potencial de realização em qualquer área da nossa vida, pessoal, profissional, social e espiritual.

 

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