Todos procuramos ser felizes. A busca da Felicidade é inerente a qualquer pessoa no planeta.
No dia-a-dia confrontamo-nos frequentemente com situações que geram sentimento de infelicidade repentina ou que perdura. Podem ser preocupações excessivas com os próximos, os medos que paralisam e limitam a vida que gostaríamos de ter, desilusões e perdas, mal-estar e insatisfação sem causa aparente, as relações que não resultam, o emprego frustrante, filhos ou parceiros que não correspondem às expetativas, casamento infeliz, a solidão, questionamentos sobre o sentido da vida…
Cada história é diferente, mas o que procuramos todos é sermos felizes, sozinhos ou acompanhados. E parece que muitas vezes essa busca de felicidade cai no vazio, andamos em círculos sem conseguirmos ser felizes.
Na verdade raramente parámos para nos questionarmos se somos e nos sentimos felizes e o que é importante para vivermos felizes. É frequente até ter-se um pensamento muito comum, “quando finalmente vou ser feliz? ou quando a felicidade vai bater à minha porta? ou quando alguém me fará feliz?”
Mas a felicidade não é algo que vamos buscar fora através de bens materiais que satisfazem temporariamente ou relações onde muitas vezes projetamos as carências e a necessidade de nos sentirmos amados, a felicidade é um estado interno que se alcança através do caminho que faz até si, ao mesmo profundo de si mesmo. Ou seja através do Autoconhecimento e Desenvolvimento pessoal que permite o desabrochar dessa felicidade a partir da qual podemos construir o que desejamos e alcançar níveis ainda maiores de felicidade.
Querer Ser Feliz é sobretudo a nossa decisão, consciente de que merecemos ser felizes. É mais do que esperar e conformar-se, é decidir agir e construir utilizando como base os valores e as motivações próprias.
Por isso, se não somos felizes da forma que vivemos agora, muito provavelmente não o seremos no futuro, a menos que façamos alguma coisa para mudar. Difícil será obter um resultado diferente continuando a fazer o mesmo, por isso a ação e vontade de mudança serão a salvação da passividade e ao mal-estar a que podemos já estar habituados, como se fossem algo normal.
Para ser feliz e em primeiro lugar, é importante que questione com seriedade o que é a felicidade para si? Pode ser diferente das pessoas com quem se relaciona, até das mais próximas como a família. Isto para saber a direção em que vai e que decisões precisará de tomar para se sentir e ser feliz. Em segundo, não basta saber e desejar essa felicidade, há que construí-la, agir, e isso só depende de nós, do que pensamos, do que fazemos, e das nossas decisões. É a nossa vontade em movimento.
E não nos podemos esquecer de que para sermos felizes, teremos que enfrentar os nossos medos e sombras, livrarmo-nos de prognósticos negativos, reconhecer e utilizar as nossas potencialidades, responsabilizarmo-nos pelas nossas ações, pormo-nos em causa frequentemente, aprender a confiar em nós, nos outros e na Vida, pois só assim a felicidade poderá acalentar o nosso Coração.
Por fim, para sermos felizes, devemos fazer tudo o que depende de nós para que a nossa felicidade se torne possível, mas não esperar que ela bata à porta. Não exigir, não pensar que alguém lhe deve algo, que a vida lhe deve, desenvolva a paciência e vá construindo passo a passo. Temos que aceitar a vida e a nós próprios, o que oferece a Harmonia e depois no horizonte se vai avistar a esperada felicidade.
Parafraseando o Thoreau, a felicidade é como uma borboleta, quanto mais a persegue mais ela se esquiva, mas se confiar na vida e em si, fizer o que de si depende, ela acabará por pousar no seu ombro.