Um das dimensões que se trabalha em desenvolvimento pessoal é a autoestima, da qual tenho vindo a falar ao longo de várias publicações.
A autoestima é um dos pilares da nossa personalidade, que não só constitui uma fortaleza para lidar com os desafios da vida, mas também sustenta as nossas tomadas de decisão, torná-as mais assertivas e benéficas a nós mesmos.
Aprender a valorizar-se, a reconhecer as suas necessidades mais profundas, a estabelecer limites, a sentirem-se merecedores de amor e liberdade, são alguns dos desafios de fundo que os clientes muitas vezes trazem sob forma de conflitos internos, e que se relacionam com a autoestima.
Então quais as características de quem gradualmente conquista e eleva a sua autoestima?
- Estabelecem relações de apego saudável
O que significa, estabelecem relacionamentos com proximidade emocional mas sem dependência. A dependência muitas vezes gera conflitos entre os casais/família/amigos e condiciona a liberdade pessoal do parceiro/a, com comportamentos de manipulação ou críticas.
- Conseguem desfrutar de bem-estar
O que pressupõe, que se sentem satisfeitos consigo mesmos, aceitam-se como são, passam a valorizar mais as suas conquistas, qualidades e oportunidades. Valorizam e honram a sua história, onde há lugar de aceitação da sua vulnerabilidade, das suas fraquezas, defeitos e erros.
- Desfrutam de melhores relações sociais
Para nos relacionarmos adequadamente com os outros, precisamos de ter confiança em nós mesmos. É essa segurança interior que nos permite ser autênticos, mostrar-nos genuinamente sem medo da rejeição e sem a necessidade de nos defendermos ou fingirmos quem não somos. O amor e o respeito que sentem por si mesmos é transmitido aos outros, e é também o que esperam receber em troca. Portanto, é improvável que se envolvam ou permaneçam em vínculos tóxicos e prejudiciais.
- Desenvolvem a resiliência e uma visão mais otimista
Confiam em si e nas suas capacidades, o que lhes permite avançar correndo os riscos necessários, ao que se propõem a realizar. Assumem a sua quota de responsabilidade no caminho. Tendem a concentrar-se naquilo que têm para melhorar. Frente às adversidades, vão sendo capazes de lidar com elas e aprender, pelo que saem mais fortalecidos. Estão dispostas a cuidar de si com amor.
- Procuram ser mais assertivas
Ou seja, procuram relacionar-se com os outros a partir de uma posição mais equilibrada, não se impondo nem permitindo ser subjugados.
- Aprendem a estabelecer limites
Vão conseguindo expressar os seus desejos, emoções, opiniões e necessidades com firmeza, mas com respeito. Para estabelecer limites, não recorrem à manipulação ou agressividade para manter os vínculos com os outros.
- Tornam-se mais autónomos, responsáveis e descontraídos
Assumem a responsabilidade pelas suas ações, sabem que há coisas que dependem exclusivamente de si. Tendem a diminuir a autocrítica e julgamento dos outros. Muitas vezes com baixa autoestima, o que acontece é uma procura de aprovação pelos outros ou apoio que não se consegue ainda ter de dentro.