Talvez coheças a famosa frase do templo Apolo em Delfos, “conhece-te a ti mesmo, e conhecerás o universo”. Uma mensagem com profundo significado sobre o  autoconhecimento, e que sobreviveu ao longo dos tempos.

Afinal para que nos serve o autoconhecimento?

Quando nos conhecemos, gradualmente, vamo-nos dando conta dos nossos conflitos internos, dos padrões de comportamento que nos prejudicam e fazem sofrer, ao mesmo tempo vamos encontrando recursos internos para superar o sofrimento e os desafios da vida. O autoconhecimento permite-nos sanar as feridas da alma, redescobrir qualidades, o amor-próprio, conectarmo-nos com o nosso centro de paz e serenidade, ajuda-nos a alinharmo-nos com os nossos propósitos e objetivos, a encontrarmos direção na vida e o significado das experiências que fazem parte do nosso percurso evolutivo.

Ao conhecermo-nos, abrimos o coração e estabelecemos uma relação profunda com a nossa alma, com aquilo que em nós sente, que é verdadeiro e genuíno.

Ou seja, o autoconhecimento é uma ferramenta poderosíssima que temos ao nosso alcance para o desenvolvimento e crescimento pessoal. E se apostamos no nosso crescimento, e apanhamos o comboio de evolução da vida, a passo e passo vamo-nos encontrando, percebemos quem somos e como podemos expressar o nosso potencial. Há quem comece a pensar diferente, a mudar de comportamentos, a encontar novos sentidos para a vida.

Um dos aspetos mais importantes é que conhecer-se a si implica viver mais consciente e lúcido. É dar-se conta dos sentimentos, pensamentos, emoções e atitudes. Começamos a compreender de onde e para quê surgem os conflitos internos e com os outros, o para quê de determinados comportamentos irracionais e impulsivos, ou medos. No fundo, paulatinamente é possível libertarmo-nos daquilo que nos aprisiona e nos faz sentirmo-nos insatisfeitos, sozinhos, carentes, inseguros, tristes ou ansiosos. Fazendo esse trabalho, caminhamos na direção da nossa verdadeira essência, vamos conquistando a paz interior, sentimo-nos mais livres, seguros e bem consigo mesmos.

Claro que por-se em questão, mudar algo em nós e/ou na nossa vida, mergulharmos nas profundezas do nosso ser e aceitarmos o que daí advém, exige compromisso connosco mesmos, vontade, tempo, sinceridade e esforço. Muitas vezes também não conseguimos fazê-lo porque as circunstâncias de vida não permitem. Ou não conseguimos fazê-lo sozinhos, e nessa altura é bom procurar ajuda terapêutica, pois é um meio para trabalharmos o autoconhecimento de uma forma verdadeira, livre, segura e libertadora. Embora, a participação em workshops e cursos de desenvolvimento pessoal, a procura de conhecimento em livros seja muitas vezes uma forma de nos conhecermos, enriquecermos e crescermos, é algo que a meu ver complementa o acompanhamento terapêutico, mas em várias situações, não o substitui de todo.

Às vezes, é preciso mesmo tirarmos tempo para nós, ganharmos coragem e darmos o passo para “organizar a casa interior”, encontramos a paz no meio do caos e o sentido para as insatisfações pessoais, mal-estar, conflitos e coisas que já não conseguimos carregar por mais tempo, porque se tornam em fonte de infelicidade.

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