O desenvolvimento pessoal abre portas para o trabalho essencial de nos conhecermos melhor e nos aceitarmos como somos.
E quando nos aceitamos por inteiro, acolhendo tanto qualidades quanto aspetos que consideramos sombrios, abraçamos a nossa humanidade. Ao darmos a devida atenção ao que somos, podemos desfrutar cada momento com alegria! Com a autoaceitação elevamos a autoestima. Isto fará com que nos possamos sentir pessoas felizes, realizadas e livres, desta forma podemos influenciar o nosso mundo atingindo a autorrealização.
O autoconhecimento e autoaceitação são necessários para nos realizarmos em todas as áreas da vida – profissional, relacional, social e espiritual, até porque o valor que damos a nós mesmos vai depender desse autoconhecimento e autoaceitação.
Aceitar-se a si mesmo implica gostar de si, independentemente das circunstâncias, respeitar os seus sentimentos e escolhas, expressar e aceitar a sua vulnerabilidade. Quando se permite ser como é e aceita-o – valoriza-se, aumenta a sua autoestima e tem material para continuar a trabalhar para ser melhor.
E para nos valorizarmos, é necessário que nos conheçamos bem. Olhe para dentro de si, observe e reconheça-se na totalidade, os aspetos positivos e aqueles que vê com potencial para a mudança. O primeiro passo para mudar é aceitar-se como é.
Muitas vezes não conseguimos fazer este exercício sozinhos, pode ser difícil encarar uma parte de nós mesmos da qual não gostamos, podemos sentir raiva ou desgosto desta característica, e passar a ignorá-la cada vez mais, fugindo de quem somos e perdendo-nos cada vez mais. Quando isto acontece devemos procurar ajuda profissional, pois o acompanhamento terapêutico é ideal para trabalharmos o autoconhecimento de uma forma verdadeira e libertadora.
Após realizar a auto-observação, percebe que tem qualidades. Num primeiro momento até pode ser difícil vê-las, muitas vezes as circunstâncias da vida podem confundir a lucidez, mas as nossas qualidades estão sempre à espera de serem descobertas para serem valorizadas.
A pessoa que não se sente bem consigo mesma vive a insatisfação pessoal que projeta em várias atitudes e comportamentos. Quem não se sente bem consigo próprio, tenta chamar atenção para si sob forma de carência, a pode demonstrar agressividade ou indisponibilidade emocional, e por vezes, auto destrói-se com drogas, ou tem comportamentos de risco ou obsessivos, como a busca de prazer desenfreado.
Outras procuram por perfeição, ser o/a melhor em tudo, trabalham demais, e sua saúde vai se deteriorando. Ou não conseguem encontrar o equilíbrio adequado, dão mais atenção a algumas áreas da vida, em detrimento de outras. Outros ainda procuram fugir da realidade, abusando do uso das tecnologias, vivendo alienados. Ou focam-se na aparência física, mas não conseguem viver as suas vidas por inteiro, geralmente colocam as suas energias numa área da vida para não lembrar da outra, que vai mal, pois não conseguem encarar, admitir que não está bem e lidar com ela.
Porém, aceitar que a realidade é complexa e que não temos que ser perfeitos em tudo, nem esperar que os outros o sejam, coloca-nos num lugar de humildade e aceitação da nossa humanidade. A realidade onde há lugar para perfeição e imperfeição, força e vulnerabilidade, tristeza e alegria, infelicidade e felicidade.